O incêndio no Parque Estadual da Serra do Tabuleiro, que começou no último sábado 1º de abril e foi totalmente extinto no domingo (2), afetou uma área aproximada de 90 hectares. O cálculo foi feito pelo Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA), através de uma análise técnica de imagens de satélite obtidas pela Gerência de Gestão de Informações Ambientais e Geoprocessamento ligada à Diretoria de Engenharia e Qualidade Ambiental do IMA.
Para que o verde da vegetação volte a cobrir a área, o IMA em parceria com a co-gestora da Unidade de Conservação, Instituto Çarakura; o Instituto Tabuleiro, e demais instituições que fazem parte do Plano de Contingência (Placon) de enfrentamento aos incêndios na Baixada do Maciambú, planejam uma série de ações para restauração do local.
Uma delas é intensificar a fiscalização nas imediações do parque e reforçar o trabalho de conscientização da população para informar, orientar, e estimular as pessoas a adotarem comportamentos de conservação ambiental como: não realizar queimada de lixo, entulhos, bitucas de cigarro em meio à vegetação, visto que, a maioria dos incêndios na área são provocados por ação humana intencional.
O plano agora será realizar técnicas de restauração com o apoio das equipes que atuam na unidadem e também em parceria com a comunidade, sociedade civil organizada e instituições de pesquisa, para que esse processo possa ser acelerado.
O Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina atuou na ocorrência desde o fim da manhã de sábado (1º), quando as chamas começaram. Com apoio da aeronave Arcanjo, além do esforço dos bombeiros em solo, foi possível conter as chamas no domingo (2), e os últimos focos de fogo no Parque da Serra do Tabuleiro, na Baixada do Maciambú, no Sul de Palhoça.
Dados ambientais
A Baixada Maciambú é um sistema único no mundo, formada por restinga que se estabelece sobre uma planície de cordões arenosos na forma de semicírculos, resultantes das oscilações do nível do mar durante milhares de anos. A Baixada apresenta espécies muito ameaçadas de fauna como a anta, e também da flora como a flor Commelina catharinensis, que só ocorre ali.
Os incêndios no Parque da Serra do Tabuleiro têm sido recorrentes ao longo dos anos, contudo, a resposta rápida dada a partir do Placon, diminuiu a extensão dos danos. Junto a isto, as instituições trabalharão para aprimorar o tempo de resposta e reforçar a sensibilização com os vizinhos do Parque sobre ações que podem ser adotadas para evitar incêndios.
O Parque Estadual da Serra do Tabuleiro ocupa cerca de 1% do território catarinense. Abrange áreas dos municípios de Florianópolis, Palhoça, Santo Amaro da Imperatriz, Águas Mornas, São Bonifácio, São Martinho, Imaruí e Paulo Lopes. Fazem parte do Parque as ilhas do Siriú, dos Cardos, do Largo, do Andrade e do Coral, e os arquipélagos das Três Irmãs e Moleques do Sul.